A dor músculo-esquelética, dor que se manifesta nas articulações e nos tecidos moles, como por exemplo nos músculos, é uma das principais causas de anos vividos com doença, ou seja, com menos qualidade de vida. 

Uma das principais causas desse tipo de dores é a obesidade, pois reflete-se em maior sobrecarga para as articulações e na diminuição de reparadores da cartilagem articular. A obesidade pode ser estimada através do índice de massa corporal (IMC), sendo este calculado a partir da fórmula peso a dividir pela altura ao quadrado. Já fez esta conta? Como está o seu IMC?

Se o seu IMC for superior a 30kg/m2, devia preocupar-se com as suas articulações. As articulações mais afetadas são as dos pés, joelhos e coluna. No entanto, existe a possibilidade de também afetar articulações que não estão sujeitas a carga, como por exemplo a região do pescoço e as mãos. O excesso de peso pode aumentar o risco de lesão ou agravar as já existentes, uma vez que a gordura corporal excessiva e a alimentação baseada em gorduras processadas favorecem a inflamação. Isto aumenta a severidade da inflamação causada pelos problemas já existentes e favorece as alterações na estrutura das articulações (ex.: osteoartrite).

Outra questão relevante é o facto de o excesso de gordura corporal poder estar relacionada com a dor generalizada no corpo e, ambas, com a depressão.

A iniciação de atividade física na população com excesso de peso deve ser realizada com o acompanhamento de profissionais da área da saúde, uma vez que há risco de lesão no início, devido à fraqueza muscular e à fragilidade das articulações, que já se encontram em sobrecarga devido ao excesso de peso. Este trabalho deve ser ainda acompanhado de uma melhoria dos hábitos alimentares, recorrendo a um nutricionista.


Referências:  doi.org/10.1002/jor.1100180409